sábado, 23 de março de 2013

Artigo e Numeral

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Artigo:

São amigos inseparáveis do substantivo, pois toda vez que tiver artigo o mesmo estará se referindo a um substantivo. Esta referência poderá ser definindo ou indefinindo.
Artigos definidos: tem a função de caracterizar o ser ou objeto em particular.
Artigos indefinidos: tem a função de apresentar um elemento qualquer de uma espécie, ou seja, sem particularizar.
Não brinque com os artigos, pois ele tem o poder de mudar as classes de algumas palavras.
Exemplo:
verbo passar a ser substantivo -> cantar é belo.
Adjetivo ganha a função de substantivo -> O azul do mar é irradiante.
Advérbio funciona como substantivo -> Falou um não.
ARTIGOS DEFINIDOSARTIGOS INDEFINIDOS
OUM
OSUNS
AUMA
ASUMAS
Exemplos:
“… o mal lhe cresce…” (Gregório de Matos)
“Assim vamos de todo o nosso vagar contemplando este majestoso e pitoresco anfiteatro…” (Almeida Garret).
“As crônicas da vila de Itaguaí…” (Machado de Assis).
“-A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu emprego único…” (Machado de Assis).
“Não havia na colônia, e ainda no reino, uma só autoridade em semelhante matéria…” (Machado Assis).
“… tinha decorado para os dramas majestosos dos elementos…” (José de Alencar).
Não é todo dia que surge um craque de basquete.





NUMERAL
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência.
Exemplos:
  1. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]
  1. Eu quero café duplo, e você?
...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"]
  1. primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"]
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (11/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos:década, dúzia, par, ambos(as), novena.
Classificação dos Numerais
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Leitura dos Numerais
Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção e.

Por exemplo:
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis.
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
FLEXÃO DOS NUMERAIS
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas deduzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentasquatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais são invariáveis.
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
primeiro
segundo
milésimo
primeira
segunda
milésima
primeiros
segundos
milésimos
primeiras
segundas
milésimas

Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas:
Por exemplo:
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número:
Por exemplo:
Teve de tomar doses triplas do medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe:
um terço/dois terços
uma terça parte
duas terças partes
Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja:
uma dúzia
um milheiro
duas dúzias
dois milheiros
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. É o que ocorre em frases como:
Me empresta duzentinho...
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)
Emprego dos Numerais
Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até  décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo:
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo)
Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo)
Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo)
Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo)
Século XX (vinte)
Canto IX (nono)
João XXIII ( vinte e três)
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Por exemplo:
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.
Numerais, leitura e produção de textos
O conhecimento das formas da norma padrão dos numerais é obviamente importante para quem tem necessidade de produzir e interpretar textos em linguagem formal. Em particular nas exposições orais, o uso dessas formas é indispensável, por razões óbvias (não é possível substituir numerais por algarismos na língua falada!), e evita constrangimentos que podem comprometer a credibilidade do expositor.
Os numerais também podem ser empregados na produção e interpretação de textos dissertativos escritos. As palavras dessa classe gramatical compartilham com os pronomes a capacidade de retomar ou antecipar entes e dados e de inter-relacionar partes do texto. São, por isso, elementos importantes para a obtenção de coesão e coerência textuais.

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